domingo, 3 de fevereiro de 2008

O sol de Paranapanema

É limpo. O ar é limpo demais. Meu cabelo fica mais seco e mais crespo aqui do que em outros lugares. Meus horários são dúbios, minha noção fica absurda, mas as reflexões se transformam em algo maduro.

O sol é limpo. Eu que não sou. Mas não sou pura sujeira. Sou bastante das minhas besteiras. Viajo pra cá metade por causa de meus pais, metade por causa do sol, metade sem motivo.

O sol é limpo. O sol do violão está desafinado. O solista está me deixando entediado.

O concerto é desconcentrado, dissimulado. Assim é a vida.

Tanto em Paranapanema, quanto em São Paulo. O que varia é a nota, a afinação, afinidade.

3 comentários:

Anônimo disse...

O sol solo.

ítalo puccini disse...

Pedro, se sua proposta neste blog é trabalhar (e expor) algumas produções literárias e tal, minha opinião é de que estás seguinto o propósito.

Os textos iniciais são muito sensíveis. Refletem imagens. Posso visualizá-las. Parece-me que as palavras são cuidadosamente colocadas em lugares estratégicos na parede.

Adorei! =D

parabéns, mais uma vez.
abraços,
Í.ta**

Pedro Zambarda disse...

Obrigado pelo estímulo, crítica e, de certa forma, colaboração, caro Ítalo =]

Abraço.