Texto original de 01/03/08
É, no final das contas, gosto de hipocrisia. Hipócrita seria eu afirmar que odeio isso, achar que isso só causa confusão. Achar que gosto sempre envolve nossas ações. Eu acredito, e tenho quase certeza, que muita gente só lembra das coisas por alguma chamada minha, que não ligam tanto para meus valores. Mas eu fico feliz quando me dão atenção. Não só feliz por purpurina, por número qualquer tipo de bajulação. Feliz pela atitude, simplesmente. Acho que conclui, nesses anos todos, que não peço autenticidade sempre e que, acima de tudo, sou gentil com carinhos, sejam de qual origem forem.
Claro que as comemorações feitas de forma autêntica, com vontade de aproximação, são quase sempre inesquecíveis. Mesmo que a pessoa me esqueça ali, em alguns anos, está marcado que ela me fez bem, independente dos males que vieram após.
Machado de Assis estava certo em dizer que a última impressão é a que fica, mas o leitor estava inteiramente equivocado em achar que as impressões iniciais não fazem diferença.
Qualquer demonstração de carinho, qualquer ação é observada por mim. E a observação é a chave, pelo menos atualmente, para eu entender porque sou tão insatisfeito em determinadas horas.
Satisfação nunca foi a base de tudo. Lucidez, sim.