sábado, 30 de maio de 2009

O amor é importante.porra #3

Foi apagado da Rua da Consolação, no cemitério.

Voltou a aparecer na Cruzeiro do Sul, do lado da entrada da Federal.

RP

Ontem fui ver aula de Relações Públicas na Cásper. Me senti o melhor homem do mundo por alguns minutos.

Professora: "Gente, esse é o Pedro, estudante de Jornalismo"

40 garotas lindas: "Oooooooi Pedro!"


Testosterona berrou aqui.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O amor é importante.porra #2

Está pichado, novamente, na Rua da Consolação, no cemitério.

Já haviam apagado, uma vez.

domingo, 17 de maio de 2009

Todo meu amor ao...

Pensar é antes de mais nada querer criar um mundo (ou limitar o próprio, o que dá no mesmo). É partir do desacordo fundamental que separa o homem da sua experiência, para encontrar um terreno de entendimento segundo a sua nostalgia, um universo engessado de razões ou iluminado por analogias que permita resolver o divórcio insuportável. O filósofo, mesmo que seja Kant, é criador. Tem seus personagens, seus símbolos e sua ação secreta.

O Mito de Sísifo, Albert Camus

...pensamento.

sábado, 16 de maio de 2009

Solidus

Um velho homem em uma capa preta. Grisalhos puxam sua testa larga, assim como os carvalhos espaçados que abrem o céu de uma floresta. Um tapa-olho. Um olho claro. Um interior escuro. Um velho homem em uma capa preta.

Duas espadas. O velho homem te desafia para um duelo. Metalhadoras. O velho homem te perfura com balas de semi-automática. Tentáculos. Tentáculos que eletrocutam. Por baixo da capa preta existe uma armadura blindada. O velho homem é um tanque de batalha.

Um velho homem em uma capa preta. Um velho homem que é cópia de seu pai. Um velho homem que já dominou o mundo e hoje não passa de um clandestino. Eu me identifico muito com um velho homem de capa preta, e tapa-olho.

Um Odin moderno.

Qualquer semelhança com Solidus Snake não é coincidência.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Enfim, Jornalista

Segunda-feira eu tive entrevista com a primeira pessoa que entrevistei na Cásper. Não parecia nada demais até tudo correr bem: ela pareceu envolvida em minhas perguntas, falou bastante e deu espaço até para que o pingue-pongue virasse uma conversa descontraída.

Não pareceu nada com nosso primeiro encontro: de cara, ela reclamou por eu ter "tentado" fazer a entrevista por telefone. Não tentei coisa nenhuma, apenas sugeri, caso ela estivesse ocupada. Seu olhar para mim, quando tinha acabado de entrar no meio universitário, era deveras impositivo. De cima pra baixo, sacam?

Mas eu gostei do envolvimento dela com minhas perguntas. Acho que eu evolui o suficiente para essa pessoa. No fim, mesmo que alguns defeitos permaneçam, eu consigo conquistar algumas pessoas. Só isso vale, sem querer me achar.

Enfim, jornalista. Que conversa de igual pra igual, que pode mudar alguma coisa e que faz o que gosta.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sorrir no escuro

É como descobrir o absurdo,
Não cometer abusos,
Medir os usos e desusos

E rir sem o mundo,
De todo mundo.

domingo, 10 de maio de 2009

Saindo da maca

Depois de ouvir a aula de matemática de Tom Jobim, eu resolvi tirar o soro,

Deixar o mal corroer meu corpo,

Para que o tempero da vida volte a ser recheio,

Com muito sal a gosto.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Anestesia geral

Hoje ouvi alguém no corredor da faculdade berrar:
"feliz ano novo!"

Não sei em quais circunstâncias, contexto, etc.

Mas 2008 terminou no dia de hoje. Esse ano precioso começou em um mês comum de janeiro e terminou num incerto dia de maio, do outro ano. Pensei que terminaria de outro jeito, pensei até que nunca iria terminar.

Anos não passam somente nas datas, mas sim nas sensações. Estudo de teatro: eu tinha um começo, com um protagonista e vários personagens, ocorreu um turning point brutal, que culminou para o incidente de um dos personagens, mudando toda a história.

Faltava saber o destino desse personagem querido. Mas a história não terminou assim.

Na verdade, eu perdi outro personagem. O narrador parou estarrecido, o protagonista perdeu sentido.

Agora, a nova história tem três opções possíveis.

Vingança, pela perda.

Um novo enredo em si.

Anestesia.

Acho que fico com a opção três. Tenho quase certeza que o personagem perdido no fim dessa narrativa foi o próprio protagonista dela. De certa forma.

Não tenho o que fazer. Então basta injetar a agulha. Se há tantos problemas insolúveis, a agulha deve me fazer dormir o suficiente. Nada de prozac, pois não quero me sentir melhor.

O negócio é calmante. É a lucidez que sempre machuca um pouco.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

sou e nós

Sou péssimo escrevendo. Tão péssimo escrevendo quanto dançando o irritante tango do destino e percorrendo o losango da falta de pontuação, da falta do ar condicionado, do meu pulmão reprimido.

Não ouvi Marcelo Camelo nem sua obra em 360 graus, ou seu cabelo enrolado em barimbaus. Só pensei em alguma rima estúpida, em algum lembrança abrupta, para querer tentar expressar nesse recinto. E só sei que sou péssimo escrevendo. Mas podia ser pior.

O ideal é melhorar. Porém, entre ser muito ruim ou pouco ruim, prefiro a pessimismo.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Cadeado

Menina do sótão, estuprada pelo pai austríaco,
Mãe de filhos bastardos, encurralada com ânimo
Tênue, com mente disforme.

Aluno condicionado na sala,
Ama matar aula, fumar maconha,
Ir pra balada, ir pra gandaia.

Trabalhador de bem,
Homem de bem, nem
Pensa muito, vem
Pro serviço, convém
Para o seu terno de linho.

E a liberdade? Não existe para pessoas de cadeado,
Não existe para os olhos cansados, para o humor entediado,
Para esses, só há a condenação de verdade, o muro.

Guerra Fria do Jornalismo

Gostaria de deixar registrado.

Estou fazendo um curso de jornalismo em uma classe dividida em dois lados, com pessoas que olham com hesitação tudo o que faço (e vice-versa). Posso estar contaminado por meus amigos ou inimigos, mas, em uma situação dessas, as pessoas se equivalem.

É interessante olhar para um lado da sala e ver um muro invisível que nos separa. Depois, quando o sol toca o asfalto de pedra da Paulista, ver todas as pessoas dentro de cubos, em seus universos particulares.

São hamsters de laboratório. Pássaros a se apreciar, em suas gaiolas adornadas.

Agradecimentos especiais a D.S.M., pela "Fria" que situa toda essa guerra.