domingo, 7 de março de 2010

Batata Quente

Dos problemas que passam dos outros para mim, de mim para os outros. Vejo desmistificação ao redor, e espelhos difusos em cada situação. Todos eles mostram-me o rosto distorcido. Brinco com a batata e repasso. Não sei se as feições são minhas ou de meu amor. Não sei se há feições. Não sei se é humano. Sinto estranhamento de mim mesmo, tão erótico quanto as familiaridades e dejavus.

sábado, 6 de março de 2010

A Escola

Mora dentro de todos nós. Não sei se todo mundo que me conhece saca disso, mas é por isso que eu gosto tanto de aula, de discussão e de aprender. Não se trata de acreditar cegamente em instituições que claramente te manipulam em muitos aspectos, mas de acreditar que alguns professores podem ser seus amigos e que o seu cérebro é seu templo de crescimento.

Se você abandona as convenções escolares e as normas de teus pais, pelo menos aprenda por si, torne seu tempo produtivo, nos ócios e nos ofícios. Isso traz sofrimento, mas também desenvolvimento e o tempo em si. Sem escola, não há hora, nenhuma delas.

terça-feira, 2 de março de 2010

Você-mídia

Em abril de 2008 eu criei um microblog para escrever mensagens de celular. Em formato de celular, em pílula, em resumo. Naquela ocasião, criei apenas porque outros criaram. Vi piadas alheias, não as frases de humor apenas, mas piadas de pássaros, que são as mensagens resumidas em microblog. Interagindo com aquelas mini-mensagens, criei o eu-mídia em piados. O eu-mídia que se alimenta de pílulas e oferece pílulas.

Nesses pedaços minúsculos de informação, eu posso me enxergar como provedor e alimentador desse meio. Quando crio algo maior, me dissolvo na minha própria criação, dentro ou fora de internet, em qualquer suporte, em qualquer parte. Na verdade, em verdade, posso tornar minha pessoa uma mídia em toda a situação, mas optei pelas informações pequenas.

E é isso o twitter: atualmente, é minha presença comunicativa, pelo menos em suporte. É o formato que eu me adaptei para transmitir o que posso pessoalmente. A questão que resta é se a minha pessoa como mídia vai migrar. Vai? E por qual motivo? Sempre existe um espaço de manifestação mais pessoal.

No entanto, mesmo com todas essas implicações, escrever menos não é escrever mais. Escrever é escrever, seja qual for o tamanho. No fim, restam as significações, os significados, as significâncias.