sábado, 19 de fevereiro de 2011

Formado em jornalismo: Turma da Cásper Líbero 2007-2010


Eu mal sabia que, no dia seguinte da colação de grau (foto acima, 15 de fevereiro de 2011), eu seria contratado no site EXAME.com.

O ano novo começou - muito - bem.

Os 10 discos de rock que mudaram minha vida

Então, listas nunca são definitivas, são?

Ouço rock desde 2004, quando tinha 15 anos. Antes disso, também escutei. Mas não gravava na memória quais eram as músicas, tampouco me interessava por isso. Depois dessa idade, passei a escutar diversas bandas - por influências de amigos ou para escrever no meu jornalismo.

Comprei também uma guitarra e arrisquei alguns solos e bases dessas canções. Mas o que vale desses 10 discos é saber que tipo de mudanças eles trouxeram para a minha mentalidade. Confira abaixo:

Nightfall on Middle-Earth, Blind Guardian (1998): Sempre admirei músicas que conseguem contar uma história completa, do começo ao fim. Esse CD do Blind pega o livro Silmarilion, do escritor J. R. R. Tolkien (o mesmo de Senhor dos Anéis), faz alguns recortes e te entrega uma história completa. Se você quiser ouvir sobre Morgoth, o maior ser negro da Terra-Média, e quiser saber das lutas dos eldar (elfos) e edain (humanos) contra os males dos primeiros anos, esse é o álbum definitivo. Ele soa medieval, agressivo e bem elaborado. É uma aula de narrativa.

The Rise and Fall Of Ziggy Stardust and The Spiders from Mars, David Bowie (1972): Quando comecei a ouvir música, não gostava tanto de bandas com maquiagem e ídolos andróginos. Curtia o Kiss e olhe lá, mais pela pose agressiva. No entanto, quando tive contato com esse CD do Bowie e com a música Life on Mars?, mudei meus conceitos sobre glam rock. O personagem Ziggy Stardust, interpretado por Bowie, não é apenas um bissexual com purpurina e cabelo tingido admirado pelo público, mas sim uma grande metáfora sobre a grandeza do rock. Ele veio para um planeta Terra à beira de um colapso e salva nossa raça com sua música marciana e seu suicídio. Ele é o símbolo que só quem tem o rock como estilo favorito consegue adorar. As músicas são repletas de violões, pianos e arranjos inspirados de Mick Ronson.

Metropolis, Pt 2: Scenes from a Memory, Dream Theater (1999): Eu entendo quem critique o DT - a banda tem músicos virtuosos que ficam se exibindo em solos intermináveis. No entanto, Scenes é um CD leve e acessível para qualquer pessoa, com uma história cativante. Usando hipnose, o protagonista do álbum regressa a uma vida passada, onde ele vive com seu próprio assassinato e uma sentimento de amor. As músicas oscilam entre o peso, a narrativa e o sentimento por parte dos músicos. Teclados em sincronia com guitarra e uma bateria com viradas impressionantes. É um CD múltiplo, multifacetado, excelente.

Unknown Pleasures, Joy Division (1979): Muitos encaram esse CD como depressivo e obscuro. É verdade, mas seu som influenciou bandas como Legião Urbana e Barão Vermelho. É um rock simples, direto e muito ritmado. Esse não é só um álbum que eu gosto de ouvir. Gosto de tocar suas músicas, que são extremamente fáceis na guitarra. Os solos e as bases, apesar de repetitivos, são empolgantes e cativam.

Blizzard of Ozz, Ozzy Osbourne (1980): A discografia de Ozzy foi uma das que mais ouvi. Blizzard é uma obra prima de um guitarrista com um raro talento para a música: Randy Rhoads. Ele reunia os mesmos conhecimentos de música erudita de um Van Halen em um rock ainda mais pesado. Ozzy, que estava menos sequelado pela bebida e pelas drogas, também canta com mais empolgação. É uma preciosidade de um dos homens que criou o heavy metal, mas que não tem apenas músicas de consistência. Vale por suas baladas e suas peças acústicas.

Heaven and Hell, Black Sabbath (1980): Enquanto Ozzy fazia seu Blizzard, o Black Sabbath empregava seu novo vocalista Ronnie James Dio. E o som deles saiu da simplicidade dos primeiros anos para um rock pesado e elaborado. Esse CD foi o melhor feito na fase Dio, com músicas que brincam com a bondade e a maldade. E o heavy metal é bem isso, e não apenas canções demoníacas, como muita gente prega por aí.

Nevermind, Nirvana (1991): Vale gostar de um CD por causa de uma única música? Não que Come As You Are seja fraca, pois é uma música razoável. No entanto Smells Like Teen Spirit resume minha geração. Uma música que trata sobre a futilidade da juventude e o sentimento de insatisfação é tudo o que precisa para me atrair. Também tem a grande influência punk que permeia esse material, apesar dele ter um apego pop, o que o torna mais atraente em meus gostos.

Ok Computer, Radiohead (1997): Ao contrário do Nirvana, esse CD do Radiohead funciona como um todo. É um CD sobre a tecnologia, sobre a paranóia e sobre as realidades que são, pouco a pouco, partes de nós. É rock, mas é música eletrônica também. Cativa.

Meddle, Pink Floyd (1971): Eu sei, Dark Side of The Moon é demais. Another Brick in The Wall também. Mas eu gosto desse material deles, com uma fábula chamada Echoes. Essa é uma música viajante que me transmitiu mensagens de liberdade a vida toda. O coro de vozes Gilmour e Wright me faz abrir mais a mente do que as histórias conceituais de Roger Waters.

2112, Rush (1976): Gosto desse álbum pelos mesmos motivos do Nevermind - por causa da música 2112. Um épico futurista, em que o som de uma guitarra deve libertar os seres humanos, é muito atraente para mim. Além desses fatores, Alex Lifeson, Geddy Lee e Neil Peart são os músicos mais sensíveis e habilidosos que já ouvi. Tive dificuldade até de escolher um álbum do Rush para colocar nessa lista.

E ai, curtiu? Que tal colocar a sua lista nos comentários?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Old and Wise - The Alan Parsons Project

O título é uma música que ando ouvindo muito.

Mas será que, quando velho, estarei sábio?
Mesmo com a teoria do caos que é este mundo?







E, importante, terei os mesmos amigos?

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Rock morreu? O Metal morreu? A música morreu?

Minhas opiniões:

Anos 60: Beatles, Who, Stones.
Anos 70: Led Zeppelin, Sabbath, Purple, MC5, Floyd, Genesis, Rush, Bowie.
Anos 80: Metallica, Alan Parsons Project, Vangelis, Ozzy Osbourne.
Anos 90: Dream Theater, Radiohead, Angra.
Anos 00: Ayreon, Blind Guardian.

Não, a música não morreu. Listinha sujeita a mudanças. Listinha nascida de conversas com minha namorada.

Estou lendo Duna, de Frank Herbert

Cenários desérticos, humanos deformados, homens-máquina,
Especiaria, homem-Deus, futuro retrô, naves, armas laser nucleares,
Duelos de facas, selvageria, futuro pós-depressão,
Progresso sem sentido.

Posts como lapsos de pensamento

Só podem durar uma linha. São descartáveis.

Fato de um formado

Se o período de faculdade fosse tão inútil ou tão ruim quanto dizem, eu não teria me perdido tentando lembrar de tudo o que aconteceu. Eu esqueci de coisas ao redigir o post anterior. E isso é só um sinal da felicidade que vivo hoje. A felicidade que eu construi, entre tristezas.

Não precisa de diploma para ser jornalista, né?


Comecei o curso em 2007, sem saber se a carreira era essa mesmo. Escrevi voluntariamente para o site de cultura da faculdade logo no primeiro ano. Li 32 livros de comunicação no segundo ano, pelas minhas contas fajutas. Passei a estudar guitarra por gosto e passei a escrever melhor sobre música. Perdi madrugadas editando trabalhos de rádio. Descobri o podcast. Descobri o videocast.

Entrevistei Marcelo Tas. Entrevistei o escritor amazonense Milton Hatoum. Aprendi a fazer assessoria de imprensa colocando a empresa onde trabalhava na capa da revista Veja. Fiz um blog colaborativo que reuniu algo entre 30 pessoas, entre veteranos, calouros e até um professor. Bebi bastante na faculdade também. E fui aos JUCAs. E ouvi coisas que não queria ouvir. E vi o diploma de jornalismo deixar de ser obrigatório, sem largar a faculdade. Não peguei DP. E vi gente de DP que é melhor jornalista do que eu.

Sai do curso em 2010, com um TCC sobre um assunto que adoro - videogames. Fiz uma iniciação científica em 2008, no segundo ano, que me fez crescer nas leituras de clássicos literários. Dormi pouco. Fiquei viciado em café. Namorei. Namoro até hoje. Conheci a Avenida Paulista até cansar. Fiquei devendo muitas saídas aos amigos. Conquistei novas pessoas. Perdi contato de antigas amizades. Deixei o cabelo crescer, cortei, raspei e continua curto.

Dai vejo um monte de gente opinando que, para ganhar dinheiro e ter sucesso na vida, a faculdade é só uma perda de tempo. Bom, eu acho que não conquistaria meu emprego e nem teria essas experiências se não tivesse ingressado no ensino superior. O problema, o grande problema, é que 90% das pessoas não leva esses fragmentos conquistados em consideração. Por isso, nada parece mudar para a vida desses indivíduos. Elas não pensam em juntar as partes para formar um todo, uma carreira, algo para se orgulhar e gerar ideias para o futuro.

Bom, na minha vida, isso mudou. Não precisa de diploma para ser jornalista, né? Ah, as frases desnecessárias...