sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Jornalismo #2

Escreveu, sabiamente, Raymond Williams, teórico da comunicação, em 1973:

"o especialista em comunicação se materializa em múltiplas especialidades distintas. Ele é um tipo de sociólogo, preocupado com as instituições e seus efeitos. Ele é um tipo de engenheiro, preocupado com as tecnologias e com os sistemas que é necessário planejar, entender e controlar Ele é um tipo de crítico da cultura, preocupado com significados e valores de produtos culturais (artefatos) particulares e classes de produtos culturais, desde poemas e pinturas até filmes e jornais, até prédios e moda. Ele é um tipo de psicólogo, preocupado com as unidades básicas e os padrões de interação comunicativa face a face ou no uso diferenciado de máquinas. Ou, ainda, ele é um tipo de lingüista ou filósofo da linguagem, preocupado com as formas básicas e estruturas dos atos de expressão e comunicação"

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Só complementaria dizendo que, no jornalismo brasileiro, a gente tem que chupar cana, ouvir asneira do tipo "jornalista sabe só um pouco de tudo, não domina nada", tem que fazer o jogo hipócrita do mercado, o jogo hipócrita do idealismo e é obrigado a assumir seus erros mais do que os outros, exceto quando você tem uma enorme companhia te dando retaguarda, enquanto ela estrala o chicote nas suas costas.

Dá vontade de mudar isso tudo e nós vamos, se depender de mim. Mas não vou discursar muito (...)

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