Sala iluminada por persiana. Sorrisos à paisana, abro meu notebook, empunho meus livros, pego alguns marca-textos, alguns marca-trechos, apetrechos, algo por ai.
Ar condicionado imperceptível. Eu nem sei se há esse tipo de refrigeração. O clima é morno, a disposição é audaciosa. Esqueço até de almoçar.
A pequena saleta do Centro Interdisciplinar de Pesquisa parece inerente ao resto do complexo de ensino superior. Não é. Não é o tamanho dos cômodos que define sua importância. É como julgar a carteira de alguém pelo tamanho: notas de cem reais, que não vejo há tempos, são dobráveis e perfeitamente maleáveis em pequenos bolsos.
Passo quatro horas seguidas pesquisando. As mensagens da internet deveriam me dispersar, também eu deveria estar com vontade de me desfocar. O anseio por conhecimento é maior e o texto continua a ser concebido. São concepções seguidas, transições de pensamentos, alegria e desejo.
Estava batendo as teclas como um pianista em improvisação. As cordas vibram como os dados de teoremas corridos. Era meu templo e meu trabalho, tempo de arado, plantação de ideais. Reais intenções de gestão de um futuro, talvez.
Ar condicionado imperceptível. Eu nem sei se há esse tipo de refrigeração. O clima é morno, a disposição é audaciosa. Esqueço até de almoçar.
A pequena saleta do Centro Interdisciplinar de Pesquisa parece inerente ao resto do complexo de ensino superior. Não é. Não é o tamanho dos cômodos que define sua importância. É como julgar a carteira de alguém pelo tamanho: notas de cem reais, que não vejo há tempos, são dobráveis e perfeitamente maleáveis em pequenos bolsos.
Passo quatro horas seguidas pesquisando. As mensagens da internet deveriam me dispersar, também eu deveria estar com vontade de me desfocar. O anseio por conhecimento é maior e o texto continua a ser concebido. São concepções seguidas, transições de pensamentos, alegria e desejo.
Estava batendo as teclas como um pianista em improvisação. As cordas vibram como os dados de teoremas corridos. Era meu templo e meu trabalho, tempo de arado, plantação de ideais. Reais intenções de gestão de um futuro, talvez.
(Fiz isso ontem, na Cásper Líbero)
3 comentários:
Escrever é sentir dor. Uma dor sem a qual não se vive (pelo menos para quem sente a necessidade dela, e o possível retorno que se consegue com ela). Por isso Clarice é tão certeira ao afirmar que sangrava ao escrever ^^
abraço grande,
Í.ta**
ahááááá! então é isso que o senhor fica fazendo quando tá no cip!
bonito, muito bonito.
;0D
Queria eu ter toda essa vontade de pesquisar,
Esse anseio pelo conhecimento;
Tenho apenas uma enorme falta de talento
No discorrer do conceber e criar.
Tenho, também, nesse insólito indevido momento,
Uma grande fatia de sono
Tenho em meus ouvidos música da banda Mono
Mas ainda sim resta o desalento.
Postar um comentário