Cruzamos olhares no metrô de São Paulo e você fugiu.
Então eu fiz a única forma de comunicação que me agradaria. Resolvi dar o meu "oi, tudo bem?" de outro jeito. Sentei ali perto e li um livro. E escutei o que pude da sua pessoa, sem encarar e sem invadir, como um fantasma que consente em sua própria condição.
E me senti ali, estranhamente acompanhado, aconchegado pela minha própria forma de comunicar. E fui embora sem deixar rastros. E fui embora sem ser herói.
E não precisei sê-lo. Só fui eu. E respeitei o silêncio.
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