"Toda escrita é um ato anti-social, pois o escritor é um homem que só pode falar livremente quando está sozinho; para ser ele mesmo, precisa trancar-se, para se comunicar, precisa cortar toda a comunicação, e nisso há sempre alguma coisa meio maluca. Muitos escritores abominam, acima de todos os sons, o do fechamento da porta que os isola na privacidade. Williams, ao contrário, o saúda: o som desfaz a névoa de incerteza através do qual ele normalmente conversa, e libera pra seu prazer as criaturas que povoam sua imaginação - mulheres desesperadas, homens que abrigam segredos perturbadores, intocáveis, que ele toca com franqueza e misericórdia, as bonecas de trapo abandonadas pela sociedade."
A Vida Como Performance, de Kenneth Tynan. Perfil sobre Tennessee Williams, dramaturgo da década de 50 do século XX.
Isso é o que chamo de jornalismo universal: possui um período que morre, que deixa de existir, um prazo de validade, mas suas mensagens ecoam como literatura, como conceito, como filosofia.
Concordando você ou não.
concordo com tua opinião, mesmo sendo leigo como sou sobre o assunto.
ResponderExcluiradorei esta de que "Toda escrita é um ato anti-social"! Nada mais verdadeiro. A leitura também o é, em seu estado mais frequente e conceituado.
abração,
Í.ta**
"o talento forma-se na solidão, o caráter na sociedade"
ResponderExcluiressa é de outro anti-social/ talentoso/que ecoa, o goethe
que bom que tem outro blog pra eu espiar agora q o da cásper parou!